Monday, January 08, 2007

Bela do Grão-Pará

Era uma vez uma cidade que quando não chovia todos os dias, chovia o dia todo. Que apesar de tanta água que caía dos céus, veio a ser conhecida por suas imensas mangueiras indianas que abraçam suas ruas e avenidas movimentadas de metrópole.

Nessa cidade que urubú é pombo, jacaré não é cachorro. Matinta tem sobrenome Pereira, que pela cidade velha mulher vira porco, já que o boto foi embora e não a deflagrou.

Ela que nasceu dum forte, que de castelo virou presépio, que um muro ergueu perante seu rio, mas finalmente fizeram janelas e delas pode ser vista a baía que de tão enorme mais parece o mar, só que um mar doce e de tom caramelado.

Cidade cabocla, caboclos esses que não descendem apenas de brancos europeus e indíos amazônidas, mas também de negros, sírios, libaneses, judeus e japoneses. De tão ostentadores de suas especiarias fizeram de um mercado de ferro seu principal cartão postal.

Onde se encontram tantas religiões e tantos pagãos, todos crentes na senhora de Nazaré realizam seu natal em outubro . Carregando partes do corpo em cera, enquanto os meninos brincam com miriti.

Lá tomam uma tal sopa de caldo amarelo, com um talos que adormecem a boca, para sentir o salgado do camarão nos lábios enquanto a goma mantém tudo na temperatura ambiente, quente, muito quente.

Também é lá que bandeiras vermelhas avisam aos andantes que alí vende o grosso néctar do açaí, para ser saboreado puro, com tapioca ou a baguda. Nunca com granola!

E foi lá na cidade da chuva, que dancei meu carimbó, foi lá que me apaixonei por uma linda morena de beleza brejeira, foi lá que nasci e de lá tenho saudades. Que breve quero voltar e com um banho de chuva ser recebido de volta ao lar.

Santa Maria de Belém do Grão-Pará como nome de batismo, para seus filhos, só Belém.

- Marcos Médici.

Friday, January 05, 2007

Irreconhecível


Rodrigo Santoro não é assim tão reconhecível nesse poster, mas dizem que é ele... que trabalho fabuloso de maquiagem e adaptação.